Cláudia Ramos de Souza Bonfim
Doutora em História, Filosofia e Educação
– UNICAMP
Coordenadora do GEPES PET MEC FDB CAPES
Docente da Faculdade de Ensino Superior
Dom Bosco
Agência
Financiadora: PET- MEC -CAPES
Thais Raffaela dos Martyres
Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco
Acadêmica do Curso de Farmácia
Bolsista do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Resumo: O presente trabalho se constitui como estudo
bibliográfico. Nos
fundamentamos especialmente em dados oficiais dos órgãos governamentais:
Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. O objetivo central é
promover a conscientização sobre as causas de câncer de garganta e de colo de
útero, ressaltando a importância do uso do preservativo nas práticas sexuais devido à possibilidade de contrair o Papiloma Vírus Humano (HPV), além de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's). A
partir dessa premissa, verificou-se uma necessidade de maior conhecimento por
parte da população, em relação à infecção pelo HPV que pode resultar
em câncer de boca, garganta e de colo de útero, bem como do uso de preservativo em todas as formas de relação sexual.
Palavras-Chave: HPV,
Câncer de garganta, Câncer de Colo de Útero, Saúde Sexual e Sexo Oral.
A
presente pesquisa é bibliográfica, fundamentada em
livros, artigos científicos dados oficiais do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O objetivo central do estudo é esclarecer sobre o HPV, promovendo a conscientização sobre as principais as causas de câncer de garganta e de colo de útero, ressaltando
a importância do uso do preservativo nas práticas sexuais. Entre os objetivos
específicos buscaremos definir câncer de garganta e de colo de útero, apontando
quais os sintomas, causas, tratamento, prevenção; compreender o que é o HPV, as
formas de infecção, tratamento e prevenção e se este é um fator causador do
câncer de garganta e de colo de útero; levantar os índices de infecção do HPV,
de câncer de garganta e útero através da prática de sexo sem preservativo e
promover o debate e a conscientização sobre a prática do sexo com preservativo assim como sobre outras formas preventivas da infecção.
Nos questionaremos se a prática de sexo desprotegido tem contribuído para a
infecção de câncer de garganta e de colo de útero?
Sabemos que uma das formas de infecção do HPV é a prática de sexo oral
desprotegido, sendo assim, partimos do pressuposto que o aumento do índice de
câncer de garganta e de colo de útero tem se agravado especialmente devido à essa prática. Por isso, acreditamos que uma das formas de prevenção, seria
produzir e socializar pesquisas que visem informar e consequentemente promover
a conscientização da população, o que justifica a relevância social deste
estudo.
2 SOBRE A SEXUALIDADE
Sexualidade é um termo amplamente abrangente que
engloba inúmeros fatores e dificilmente se encaixa em uma definição única e
absoluta. A definição central de sexualidade que utilizamos para nosso estudo
decorre da Organização Mundial de Saúde (OMS) que afirma:
A sexualidade humana forma parte
integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do
ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade
não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo. Sexualidade
é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor, contato e
intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como
estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos,
ações e integrações, portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito
humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada como direito
humano básico. A saúde mental é a integração dos aspectos sociais, somáticos,
intelectuais e emocionais de maneira tal influenciem positivamente a
personalidade, a capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor.
Mas também recorremos à compreensão histórica da sexualidade. Foucault (1997, p.12), afirma que “a sexualidade é uma interação social, uma vez que se constitui historicamente a partir de múltiplos discursos sobre sexo; discursos que regulam, que normatizam e instauram saberes que produzem verdades.”
Concordamos ainda, com Nunes e Silva (2000, p.73), ao
afirmarem:
- Químicos mais utilizados são ácido tricloroacético a 80% – 90%, podofilina;
- Quimioterápicos: 5 fluorouracil, interleucina 2;
- Imunoterápicos: Interferon alfa e beta, imiquimod e retinóides.
- Cirúrgicos: temos a curetagem, excisão com tesoura, excisão com bisturi e os mais atuais que são excisão com alça de cirurgia de alta freqüência (CAF) e o LASER.
- Da confirmação da presença do vírus;
- Se ele é ou não oncogênico;
- Da quantidade de vírus no material examinado;
- Local das lesões;
- Se as lesões são localizadas ou disseminadas;
- Tamanho das lesões;
- Tipo de infecção (clínica, subclínica ou latente).
- Forma clínica: presença de lesões vegetantes (verrugas genitais ou condilomas) na região anogenital, visíveis a olho nu sem nenhuma técnica de magnificação;
- Forma subclínica: caracteriza-se pela presença de áreas difusas de hiperplasia epitelial não papilífera, observadas através do colposcópio e após aplicação de ácido acético;
- Forma latente: demonstrada em áreas normais à colposcopia e sem alterações histológicas através de técnicas de biologia molecular (hibridização, captura híbrida ou PCR). É definida pela presença do DNA viral sem evidências histológicas da infecção.
O câncer de
laringe está contido no conjunto de cânceres de cabeça e pescoço, que
compreende câncer de nasofaringe, orofaringe, cavidade oral e laringe.
A laringe é a estrutura na qual se encontram as
cordas vocais, e é composta por uma região superior, denominada supraglótica,
uma intermediária denominada glótica (onde estão de fato as pregas vocais) e
uma inferior, sub-glótica, ao final da qual se inicia a traquéia. Câncer de garganta é uma
condição onde o câncer afeta as cordas vocais, caixa vocal (laringe) ou outras
áreas da garganta. Afeta a unidade básica do organismo, ocorre quando as
células se tornam anormais e continuam se dividindo e formando mais células
anormais, sem controle ou ordem.
[...] Entendemos que a
sexualidade é uma marca única do homem, uma característica somente desenvolvida
e presente na condição cultural e histórica do homem [...] A sexualidade
transcende a consideração meramente biológica, centrada na reprodução das
capacidades instintivas [...] A sexualidade é a própria vivência e significação
do sexo, para além do determinismo naturalista, isto é, carrega dentro de si a
intencionalidade e a escolha, que a tornam uma dimensão humana, dialógica,
cultural [...].
Nunes apud Bonfim (2009, p.8) também afirma que:
A sexualidade é uma
área de saber e de investigação essencialmente complexa e polêmica, por
envolver dogmas religiosos, valores éticos e estéticos, enfim a subjetividade.
E nos aponta a necessidade de se fazer a superação da visão simplista,
preconceituosa, moralista, equivocada, condicionada pela ideologia dominante,
caracterizada pelo senso-comum.
Considerando
Bonfim (Online), um dos fatores que levaram ao não uso do preservativo se deve
ao contexto sócio-histórico em que a sexualidade sempre esteve associada basicamente
ao aspecto reprodutivo, diante desta visão reducionista grande parte da
população, deixa de lado o uso preservativo, não prevenindo as doenças
sexualmente transmissíveis.
Outro aspecto importante que faz com que as pessoas
não façam uso da camisinha é imaginar que o método diminui o prazer no ato
sexual, o que de fato não é real. Retomando Bonfim (Online) que esclarece:
“[...] O nosso maior órgão sexual é a mente (psiqué), para sentirmos prazer
nossa mente precisa estar entregue plenamente àquele momento. Livre de culpas,
problemas, dogmas, medo, tabus. ”
3. O QUE É HPV
O HPV, ou Human Papiloma Virus, é um vírus que vive na pele e nas mucosas genitais dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. HPV é a abreviatura de "HUMAN PAPILOMAVIRUS", o que significa papilomavirus humano também conhecido como vírus hpv, hpv virus, condiloma acuminado, verruga genital, genital warts, crista de galo, cavalo, cavalo de crista, couve-flor, jacaré e jacaré de crista. Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como "crista de galo".
3.1 FORMAS DE INFECÇÃO
O HPV é transmitido em geral pelo contato genital com a pessoa infectada (incluindo sexo oral) e por via sangüínea, de mãe para filho na hora do parto e contato com a pele infectada. Alguns especialistas acreditam ainda que a maioria das infecções pelo HPV se desenvolvem após o primeiro coito ou primeiro contato direto da genitália com áreas contaminadas, mesmo sem penetração anal ou vaginal. Na maioria das vezes, a infecção é transitória e desaparece sem deixar vestígios. Por isso, quando se realiza o diagnóstico, não se consegue saber se a infecção é recente ou antiga. A doença viral pode permanecer sem se manifestar no corpo da pessoa. No entanto, cabe ressaltar que uma pessoa pode ser contagiada não apenas através da penetração ou sexo oral, mas do contato com a pele lesionada, esta infecção pode aparecer em qualquer parte do nosso corpo, bastando ter o contato do vírus com a pele ou mucosa com alguma lesão, ou seja, pele e mucosas não íntegras. A facilidade de transmissão pode depender de diversos fatores, mas o risco de transmissão é maior para as lesões com verrugas (que são altamente contagiosas) e menor para as lesões microscópicas, não visíveis a olho nu. Há inclusive manifestações extragenitais que podem ocorrer na cavidade oral e trato aerodigestivo, tanto benigno quanto malignas. Alguns especialistas acreditam que esse vírus possa ser transmitido inclusive através do uso de peças intímas comuns e mesmo toalhas que não tenham sido 100% esterilizadas. Lembrando que contra o HPV existe vacina contra os 4 principais tipos (embora existam mais de 150 tipos).
3.2 TRATAMENTO
Existem várias formas de tratamento através de diversos métodos, que podem ser divididos em químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos.
A associação entre métodos, como por exemplo, LASER e interferon, tem se mostrado um tratamento com bons resultados.
Cabe ao médico(a) responsável avaliar quem irá se beneficiar com algum tipo de tratamento, que deverá ser avaliado levando em conta alguns fatores como:
A infecção pelo HPV tem sido descrita em três formas de apresentação:
4 CÂNCER DE GARGANTA
4.1 SINTOMAS
O primeiro
sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de
garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e
subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e
sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de
engolir) e sensação de um "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas
das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer
dor na garganta, disfagia e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de
ar).
4.2 CAUSAS
As
causas podem ser por excesso de álcool ou tabagismo, mas nos dias de hoje a
prática do sexo oral desprotegido, tem sido uma das causas também. Diante
disso, dá-se a infecção pelo HPV.
4.3 TRATAMENTO
O
tratamento dos cânceres da cabeça e pescoço pode causar problemas nos dentes,
fala e deglutição. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior é a
possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas
psicossociais. Além dos resultados de sobrevida, considerações sobre a
qualidade de vida dos pacientes entre as modalidades terapêuticas empregadas
são muito importantes para determinar o melhor tratamento. Entretanto, mesmo em
pacientes submetidos à laringectomia total, é possível a reabilitação da voz
através da utilização de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas. De acordo com
a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou
radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia, havendo uma série de
procedimentos cirúrgicos disponíveis de acordo com as características do caso e
do paciente. Em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia
pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a
radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. A associação da quimio
e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos,
desenvolvidos para tumores mais avançados. Os resultados na preservação da
laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram
desenvolvidas permitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores
moderadamente avançados.
4.4 PREVENÇÃO
Ainda não é possível saber o impacto do uso de preservativos
e vacinas contra o HPV na prevenção este tipo de câncer.
5. CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
O câncer do colo do
útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As
alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas
facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é
importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a
esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns
subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos. É o segundo
tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a
quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800
vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na
sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos
casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo
da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in
situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas
precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de
cura.
É um tumor que se
desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da
vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras e são curáveis na
maioria das vezes. Se não tratadas podem, após alguns anos, se transformar em
câncer.
5.1. SINTOMAS
Os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor provocado pela atividade sexual (sinussoragia).
Quando a mulher tem uma lesão precursora não sente nada. Apenas o exame
preventivo pode descobrir a alteração. O câncer no início também não dá sinais.
Porém, mais tarde, podem aparecer corrimento, sangramento e dor. Muitas
pacientes têm o diagnóstico adiado porque os sintomas são atribuídos à infecção
ou menstruações anormais.
A principal causa é a infecção por alguns tipos de vírus
chamados de HPV -
Papiloma Vírus Humano. Fatores como o início precoce da atividade sexual e sem preservativo, a
diversidade de parceiros, o fumo e a má higiene íntima podem facilitar a
infecção.
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por
um médico. Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero
estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do
estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e
desejo de ter filhos.
5.4.PREVENÇÃO
A melhor maneira de se prevenir é fazendo o exame preventivo.
As lesões que precedem o câncer do colo do útero não têm sintomas, mas podem
ser descobertas por meio do Papanicolau. Quando diagnosticado na fase inicial,
as chances de cura são de 100%.
5.5 PREVENÇÃO
A
prevenção é o uso de preservativo em relações sexuais.
•
A maioria das pessoas infectadas pelo HPV não
desenvolve o câncer de colo uterino.
•
Por ser o principal causador do câncer do colo uterino, o HPV precisa ser
descoberto o quanto antes. Por isso, sempre faça seus exames preventivos anualmente.
•
Use preservativo em todas as relações sexuais.
•
Fique atenta a esses sintomas: coceira, corrimento, sangramento
anormal, principalmente fora da menstruação, e dor durante
a relação sexual. Se você tiver algum desses sintomas, procure seu
ginecologista.
• Fumar, beber em excesso ou usar
drogas afeta o sistema de defesa do organismo, fazendo com que o HPV atinja a
mulher com maior facilidade.
• Procure saber mais sobre o HPV e o
câncer de colo uterino e compartilhe todas essas informações com o seu parceiro
e amigas. Assim será mais fácil se prevenir.
• É importante que seu parceiro também
procure um médico para verificar se ele está com o vírus.
• Você não está sozinha! A maioria das
pessoas com vida sexual ativa pode estar infectada por algum dos tipos do HPV.
5.6 FATOR CAUSADOR DE CÂNCER
DE GARGANTA E COLO DE ÚTERO
O HPV é responsável por 90% dos casos de câncer de colo de
útero no Brasil. As principais formas de prevenção da doença são o uso do
preservativo, a redução do número de parceiros (que reduziria a exposição) e a
vacinação. A vacina para mulheres foi aprovada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2008, e somente em maio deste ano foi
estendida para homens entre 9 e 26 anos. Por enquanto, ela está disponível
apenas na rede privada e custa cerca de R$900.
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após este estudo, conclui-se
que a prática desprotegida do sexo oral, além da prática do sexo vaginal ou anal, tem causado infecção na população pelo
Papiloma Vírus Humano (HPV), podendo ocasionar um câncer de garganta e câncer
de colo de útero. Assim, nota-se que o uso de preservativo é imprescindível inclusive
na prática do sexo oral, tanto quanto no sexo anal e vaginal para a prevenção
do HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Além de ressaltarmos a importância das consultas regulares à ginecologistas e a realização do exame papanicolau e urologistas. A partir dessas
considerações é possível concluir ainda que, embora o acesso ao preservativo e
informações relativas ao seu uso sejam importante, faz-se necessário
desenvolver um programa contínuo de conscientização dos jovens e de toda
população sobre como viver uma sexualidade saudável e não apenas no aspecto de
prevenção de AIDS, DSTs, HPV e também uma gravidez não planejada, mas da saúde
emocional das pessoas através de um programa de educação sexual. Sendo
importante e indispensável, uma política pública de educação afetivo-social que
passe a esclarecer sobre a sexualidade em sua totalidade. Isso nos leva a pensar sobre até que ponto as
informações sobre como usar o preservativo e sua distribuição pelos postos de
saúde tem sido eficientes em seu objetivo de diminuir esses índices. Sentimos a
necessidade de uma compreensão histórica da sexualidade pelos profissionais de
saúde, e de uma formação de saúde aos profissionais da educação, formando uma equipe
multidisciplinar para atuar na área de políticas públicas relativas à saúde e
educação sexual: médicos, enfermeiros, psicólogos e educadores. É importante
ressaltar que, os profissionais que trabalham nos programas de saúde sexual
governamentais, realizam um trabalho importante dentro dos aspectos da
prevenção da saúde sexual reprodutiva, mas atuam dentro dos limites da sua
formação que certamente não lhes propiciou uma visão mais ampla da sexualidade,
englobando além dos aspectos biológicos, sua compreensão
sócio-histórica-cultural. Por fim, esperamos que o
presente estudo seja utilizado para conscientização da população sobre a
importância da prevenção e uso do preservativo.
BONFIM, C. R. S. Educação Sexual e Formação de Professores de Ciências Biológicas:
contradições, limites e possibilidades. Tese de Doutorado. Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, SP: Unicamp, 2009.