segunda-feira, 14 de março de 2011

A EDUCAÇÃO É O CAMINHO


Alessandra Romagnani
Acadêmica do curso de Pedagogia
 Faculdade Dom Bosco
Integrante do GEPES - PET -  MEC
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sexualidade
Coordenadora: Profa. Dra Cláudia Bonfim

NUNES, César. Ética, Sexualidade e Educação. NUNES, César. Online. Disponível na Internet in:  http://www.educacaosexualabrades.blogspot.com  Acesso fev 2011

            César Nunes é Doutor em Filosofia e Historia da Educação – Unicamp, Professor de Filosofia  da Educação da Unicamp, Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas  PAIDÉIA. Presidente da ABRADES (Associação Brasileira de Educadores Sexuais). Autores de vários livros: Aprendendo filosofia, Desvendando a sexualidade  e  A educação sexual da criança.
            O artigo em questão possui sete páginas e corresponde à mensagem de abertura do espaço institucional da ABRADES, com o intuito de promover e socializar uma Educação Sexual Emancipatória.
            Ao considerar a educação sexual parte integrante da formação humana, pode-se hoje reconhecer que, entre as décadas de (1910 -  2010), houve a superação de fatores que impediam a abordagem da sexualidade na escola como também a inclusão desse assunto na  nova LBD (Lei 93934/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Onde o tema Orientação Sexual, proporciona a compreensão subjetiva e ética da sexualidade humana.
            No entanto, analisá-la requer considerar a sexualidade em sua construção cultural, histórica e política, sem abandonar as dimensões subjetivas, pessoais e indiossincráticas. Tarefa essa complexa, que pode ser construída através das Ciências Humanas devido a seu fator multidisciplinar.
            Para prosseguir é preciso diferenciar  o conceito de sexo do de sexualidade . Sendo o  homem o único capaz de  produzir cultura e história, a sexualidade “(...)esta imersa na temporalidade, nela recebendo sua revelação vivencial, suas formalizações conceituais, sua expressão estética, seu tratamento moral e social.” Vasconcelos. Assim, a sexualidade passa a ser vista de forma dinâmica e dialética.
            E imbuídos dessa visão de uma educação sexual emancipatória, os educadores tem a oportunidade de através de um diálogo ético, despertar a consciência para uma sexualidade afetiva, livre de dogmas, preconceitos e ceticismo. 
            Segundo Hobsbawn, o séc XX sacralizou o capitalismo e em contraponto houve uma desumanização, que recebeu reforços com a acentuação dos desejos de consumo, deterioração ecológica, assim vivemos uma mudança cultural onde o individualismo e o  egoísmo prevalecem.
            Hoje, têm-se uma crise social e moral também, indivíduos mal informados com uma sexualidade reprimida, que encontram-se aprisionados a uma determinação ideológica e autoritária, cedendo ao consumismo sexual, deixando de ter uma subjetividade e ignorando a capacidade de amar.
            Portanto,  através de uma educação sexual emancipatória pode-se criar uma nova realidade interpretativa ao buscar um discurso baseado na racionalidade, pois somente através dela  e com o aporte  da Ética e Política, pode-se chegar a felicidade.
            Para embasar sua teoria, o autor recorre a Vasconcelos ,  Hobsbawn “um dos maiores historiadores dos nossos tempos”, Highwater,  M. Weber e Foulcault.
            Trata-se de um texto bem estruturado, onde o autor de maneira envolvente esclarece e apresenta ao leitor, o porquê da promoção da Educação Sexual Emancipatória, convidando-o a uma reflexão.  Possui uma linguagem  que exige um conhecimento prévio do assunto, para uma melhor apreensão  do  conteúdo.
            Essa leitura é indicada a todas as pessoas, considerando que a sexualidade é algo inerente ao ser humano e compreendê-la de maneira racional, afetiva e crítica, levará a uma melhor qualidade de vida e como conseqüência a felicidade. E em especial, aos educadores, que possuem um papel primordial, para conduzir e  orientar a construção de uma nova realidade, pautada em uma educação sexual emancipatória.

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